COLUNISTAS

RENATO RIELLA: Dólar dispara, As maiores taxas de juros do mundo e governo ainda, propõe redução de subsídios de produtos.

Publicado em

DÓLAR SEM CONTROLE, A R$ 6,09

Diversas áreas da sociedade brasileira são impactadas ao saber que, mesmo após intervenção do Banco Central, o dólar voltou a bater recorde. Fechou ontem cotado a R$6,09 (alta de 1,04% em um dia).

Incertezas diversas na economia impactam o câmbio, mas repercutiu a afirmação do Presidente Lula (PT) de que “a única coisa errada no Brasil é a taxa de juros”.
Na tentativa frustrada de controlar as cotações, o Banco Central já vendeu US$4,6 bilhões, sem obter o efeito pretendido.

O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, também tem sido impactado. Fechou ontem aos 123.560 pontos, com recuo de 0,84%. É o menor patamar desde 26 de junho.

No mercado internacional, investidores estão atentos à reunião do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), que nesta semana decide sobre os juros básicos dos Estados Unidos.

INFLAÇÃO – Analistas do mercado financeiro, ouvidos semanalmente pelo Banco Central, preveem juros maiores nos próximos anos, além de inflação mais alta em 2024 e em 2025.
Para este ano, a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou de para 4,89%, acima do teto da meta de 4,50%, segundo o boletim Focus .
Para 2025, estimativa de inflação subiu para 4,60%.

Para o fechamento de 2025, a projeção do mercado para o juro básico da economia subiu para 14% ao ano. Para o fim de 2026, o mercado financeiro elevou a projeção para 11,25% ao ano.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024,a projeção do mercado subiu para 3,42%.
Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 subiu para R$ 5,99. Para o fim de 2025, a estimativa avançou para R$ 5,85.

REFORMA – Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, prevê para hoje a votação do principal texto da regulamentação da reforma tributária.

Relator da reforma, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), apresentou as principais mudanças propostas:

-bebidas açucaradas: voltam para o rol de produtos do IS (Imposto Seletivo), ou “imposto do pecado”;
-saneamento básico: retirada a redução de 60% de IBS e da CBS; foi incluído, no entanto, no cashback, mecanismo que permitirá a devolução parcial do pagamento do serviço às famílias de baixa renda;
-água mineral: retirada a redução de 60% das alíquotas de IBS e da CBS;
-biscoitos: retirada a redução de 60% das alíquotas do IBS e da CBS;
-medicamentos: volta a lista de medicamentos aprovada pelo texto original da Câmara que terá isenção do IBS e da CBS; não caberá mais ao Congresso aprovar uma lei complementar com a lista de medicamentos que terão isenção;
-serviços médicos veterinários: redução de 30% da alíquota, e não 60%.

O relator Reginaldo Lopes, com excesso de otimismo, acredita que o IVA (Imposto Sobre Valor Agregado) não terá “alíquota superior a 25%”. Atualmente, a estimativa é de uma alíquota de 27,91%.

Leia Também:  Estudante da rede pública do DF é destaque em concurso nacional de redação

ORÇAMENTO – Congresso Nacional terá duas sessões agendadas nesta semana. Amanhã, vai votar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 e vários projetos que abrem créditos extraordinários ao Orçamento de 2024.
Na quinta-feira (19), o único item da pauta é a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025.
Todos se esforçam para não deixar aprovação do Orçamento no próximo ano.

FAKE NEWS – Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, prorrogou por 180 dias o inquérito das fake news, com determinação de oitiva de mais 20 pessoas, ainda em sigilo de Justiça.
Inquérito foi aberto em 2019, pelo ministro Dias Toffoli, sem pedido do Ministério Público.

DÍVIDA – Tesouro Nacional projeta que a relação entre a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) e o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve atingir o ponto máximo em 2027, a 81,6%.

Para 2024, projeta 77,7%, o que representa um avanço de mais de 3 pontos percentuais na comparação com o ano anterior.
Já a Dívida Líquida — que subtrai o valor dos ativos do governo — deve atingir o ponto máximo em 2027, a 69%.

DATAFOLHA – A gestão do ministro da Fazenda, Fernando Haddda, é aprovada por 27% dos brasileiros e rejeitada por 34%, segundo pesquisa Datafolha.

LULA – Ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) informou que o Presidente Lula planeja realizar reunião ministerial na sexta-feira (20), com retorno previsível a Brasília. Hoje, em São Paulo, Lula deve sancionar leis cujo prazo está vencendo.

TAXAÇÃO – Repercutiu entrevista do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prometendo taxar da mesma forma países com altas tarifas.

Citou o Brasil como um dos países com a maior tarifa sobre os produtos americanos.
“A Índia taxa muito, o Brasil nos taxa muito. Se eles querem nos taxar, tudo bem, mas vamos taxá-los da mesma forma”, disse Trump.

RS – Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), voltou a operar com estrutura plenamente recuperada, inclusive com a pista principal, de 3,2 km.

ESTADOS – União pagou, em novembro, R$ 1,26 bilhão em dívidas atrasadas de estados e municípios, segundo o Tesouro Nacional. Em 2024, são R$ 6,91 bilhões de débitos honrados.
Do total, em novembro, são débitos não quitados do Rio de Janeiro; R$ 266,22 milhões do Rio Grande do Sul; R$ 76,88 milhões de Goiás; R$ 39,98 milhões de Minas Gerais; R$ 35,93 milhões do município de Caucaia (CE); e R$ 70 mil de Santanópolis (BA).
Neste ano, já são R$ 9,64 bilhões de dívidas de estados honradas pela União.

Leia Também:  RENATO RIELLA: INFLAÇÃO A 5,6%

CONSTRUÇÃO – Setor de construção civil do Brasil cresceu 4,1% em 2024. Para 2025, a expectativa é de uma nova alta, desta vez de 2,3%, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção.
O resultado se deve a fatores como retomada de obras do Programa Minha Casa, Minha Vida; obras em função do ano eleitoral; dinamismo do mercado de trabalho; e desempenho geral da economia brasileira.

RECORDE – Bitcoin bateu novo recorde e ultrapassou US$ 106 mil pela primeira vez. Acumula alta de 152% no ano.

PIB – Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil recuou 0,5% em outubro deste ano, na comparação com 2023, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Alta acumulada em 12 meses é 3,4%.

DENGUE – Butantan pede registro da vacina contra a dengue Butantan-DV à Anvisa.
Pode ser a primeira vacina do mundo em dose única contra a dengue.

INADIMPLENCIA – Indicador de Inadimplência do SPC Brasil aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (41,51%) estavam negativados em novembro de 2024, o que representa 68,62 milhões de consumidores.
Em comparação com novembro de 2023, o percentual de inadimplentes do Brasil teve crescimento de 1,48% em novembro de 2024. Na passagem de outubro para novembro, o número de devedores cresceu 0,89%.

AGÊNCIAS – Governo Federal enviou lista com 14 indicações para as diretorias de agências reguladoras. No Senado, as sabatinas serão realizadas no ano que vem.
Não houve indicações para a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

PLANOS DE SAÚDE – Diretoria da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) decidiu avançar com nova política de preços e reajustes para os planos de saúde. A medida visa permitir que empresas em situação financeira comprometida possam solicitar um reajuste extraordinário nos planos, além do aumento anual.

 

RUSSIA – Chefe das Forças de Defesa Nuclear, Biológica e Química da Rússia, general Igor Kirillov, morreu hoje, após explosão em Moscou, informou o Comitê de Investigação russo.

“Um artefato explosivo colocado em um patinete estacionado perto da entrada de um imóvel residencial foi ativado na avenida Riazanski em Moscou”, disse o comitê em um comunicado. “O comandante das forças russas de defesa radiológica, química e biológica, Igor Kirilov, e seu adjunto morreram”, acrescentou.

ECONOMIA – Índice Bovespa, da Bolsa de Valores, fechou ontem em 123.560 pontos, com baixa de 0,84%.
MOEDAS – FONTE: BC
⬆ Dólar Comercial: R$ 6,09 (+0,99%)
⬆ Dólar Turismo: R$ 6,32 (+0,81%)
⬆ Euro Comercial: R$ 6,40 (+1,12%)
⬆ Euro Turismo: R$ 6,66 (+0,97%)
⬆ Bitcoin: R$ 649.575 (+4,38%)

Por RENATO RIELLA / (NEWS RENATO RIELLA – 17 DEZ)

COMENTE ABAIXO:

BRASÍLIA

DISTRITO FEDERAL

POLÍTICOS DO DF

POLÍTICOS DO BRASIL

TRÊS PODERES

ENTORNO